Casos de Aids aumentam no Brasil, mas mortalidade atinge menor nível desde 2013

Mais diagnósticos, mais prevenção: Brasil avança no enfrentamento à Aids com menor mortalidade e ampliação do tratamento

Postado em 13/12/2024
Casos de Aids aumentam no Brasil, mas mortalidade atinge menor nível desde 2013
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Por Luciana VenturaJornalista

Em 2023, o Brasil registrou aumento de 4,5% no número de casos de HIV em comparação a 2022.

No entanto, no mesmo período, a taxa de mortalidade caiu para 3,9 óbitos, a menor dos últimos dez anos, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Ministério da Saúde.

No total, foram registrados 38 mil casos da doença no ano passado.

A Região Norte teve a maior taxa de detecção (26%), seguida pela Região Sul, 25%.

A maioria dos casos foi registrada entre homens (cerca de 27 mil).

Quanto à faixa etária, os casos ocorrem entre pessoas de 25 a 29 anos de idade.  

As mortes por aids chegaram a 10.338 em 2023, o menor registro desde 2013.  

Segundo o Ministério da Saúde, a elevação de casos está relacionada à ampliação da oferta da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). 

"Uma vez que para iniciar a profilaxia, é necessário fazer o teste. Com isso, mais pessoas com infecção pelo HIV foram detectadas e incluídas imediatamente em terapia antirretroviral. O desafio agora é revincular as pessoas que interromperam o tratamento ou foram abandonadas, muitas delas no último governo, bem como disponibilizar o tratamento para todas as pessoas recém diagnosticadas para que tenham melhor qualidade de vida", diz nota da pasta. 

Neste ano, o Brasil alcançou 109 mil usuários com tratamento PrEP, ante 50,7 mil em 2022.

A profilaxia é distribuída, de forma gratuita, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo uma das principais estratégias para prevenir a infecção pelo HIV. 

O aumento dos diagnósticos fez o Brasil alcançar mais uma etapa para eliminar a aids como problema de saúde pública até 2030, compromisso assumido com as Nações Unidas. 

Em 2023, 96% das pessoas infectadas por HIV e que não sabiam da condição foram diagnosticadas.

A meta da ONU prevê que 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; 95% delas em tratamento antirretroviral; e, do grupo em tratamento,  95% com HIV intransmissível. 

Atualmente, os percentuais brasileiros para esses requisitos são 96%, 82% e 95%, respectivamente, conforme o ministério. 

 

Fonte:  Agência Brasil