Governo federal estuda aumentar penas para incêndios florestais
Pacheco disse acreditar haver uma coordenação entre os incêndios. “É muito evidente que, diante desse contexto, a quantidade de focos [de incêndios], há, sim, uma orquestração, mais ou menos organizada, que pretende incendiar o Brasil”, declarou.
Postado em 18/09/2024
Os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do Senado, Rodrigo Pacheco; e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disseram concordar que a onda de incêndios florestais que afeta o país tem origem criminosa. Em reunião nesta terça-feira (17/9) entre os chefes dos Três Poderes para discutir medidas para enfrentar a crise climática, eles falaram sobre um eventual aumento de penas para os criminosos.
“Não se pode acusar, mas que há suspeita [de crime], há”, declarou Lula no encontro. “O dado concreto é que, para mim, parece muita anormalidade.” O presidente da República disse considerar estranhas as convocações para o ato promovido na Avenida Paulista em Sete de Setembro com a frase “Vai pegar fogo”.
Pacheco disse acreditar haver uma coordenação entre os incêndios. “É muito evidente que, diante desse contexto, a quantidade de focos [de incêndios], há, sim, uma orquestração, mais ou menos organizada, que pretende incendiar o Brasil”, declarou. Lira considera que há uma influência criminosa na onda de incêndios. “Estamos enfrentando um problema iminente de organizações criminosas, inclusive no atear fogo”, afirmou.
Aumento de penas
O aumento de penas para crimes ambientais também foi tema da reunião. O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse estar discutindo com a Advocacia-Geral da União (AGU) uma proposta para aumentar as penas para incêndios florestais, atualmente com punições mais brandas que as de um incêndio comum.
“No incêndio normal, a penalidade é de três a seis anos e, no incêndio florestal, um crime ambiental, é de dois a quatro anos. Então o que se vai buscar é pelo menos igualar”, explicou.
Também presente ao encontro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu que o Congresso discuta o aumento de penas para crimes ambientais. “No incêndio normal, a penalidade é de três a seis anos e no incêndio florestal, um crime ambiental, é de dois a quatro anos. Então, o que se vai buscar é pelo menos igualar”, disse.
Congresso
O presidente do Senado disse ser possível um eventual “aprimoramento legislativo” da Lei 9.605, que trata dos crimes contra a fauna e a flora, e do Código Penal, mas recomendou equilíbrio nas discussões, classificando as iniciativas que buscam endurecimento de penas contra pessoas que causam incêndios criminosos como "populismo legislativo".
Pacheco disse ainda que em "situações de crise como essa, é natural que haja muito voluntarismo em busca de soluções que aparentemente sejam milagrosas". Segundo ele, a legislação atual já estabelece agravantes e permite combinar penas.
“Nós reputamos que o problema nesse instante não é legislativo. Nem de uma fragilidade de combinação de penas, porque tipos penais há, penas combinadas também há”, afirmou. Pacheco, no entanto, ponderou que o Senado pode debater os crimes previstos em lei para identificar as possibilidades de elevar a pena. “Uma coisa é ter fogo em um hectare, outra coisa é ter fogo alastrado por um parque florestal que atinge vilas, comunidades”, comentou.
Dizendo haver vontade política na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Arthur Lira, pediu que medidas que precisem de votação no Congresso não sejam confundidas com questões ideológicas. “Não faltará vontade política da Câmara, mas alguns temas acho que têm que vir bem explicados, para que não tenha reação adversa a uma tratativa que fuja de alguns pensamentos mais ou menos ideológicos com relação ao cerne da questão”, disse.
Mobilização de juízes
O presidente do STF afirmou ter pedido uma mobilização nacional de juízes de todo o país, diante da gravidade da situação atual. Ele disse ter recomendado aos magistrados que deem prioridade à tramitação de inquéritos e ações relacionadas a infrações ambientais. A recomendação, explicou, vale para ações criminais e civis e deverá adiantar medidas cautelares, como operações de busca e apreensão e prisões preventivas.
Barroso também afirmou que as Defesas Civis estaduais devem receber as multas pecuniárias em ações coletivas. O pedido vale para dinheiro que esteja depositado em contas do Poder Judiciário.
informações A Redação
Recomendado para você

Empresário Catalano Flavio Azevedo Lança Campanha de Cashback para Impulsionar o Comércio da Cidade
Iniciativa é da empresa Sunmeet Energia Solar, especializada em soluções sustentáveis, em parceria com comércios da cidade.
Portal Autos pronto para anunciar o seu veículo
Faça o seu cadastro e venda os seus veículos no Portal Autos. Confira aqui os veículos que estão à venda em Catalão.
Guia Catalão dá mais visibilidade e resultado ao seu negócio
Aumente seus leads e obtenha mais cliente para o seu negócio. O Guia Catalão veio para trazer visibilidade para empresas, marcas e instituições de todos os níveis, pequena, média e grande.
8 Motivos para investir em Tráfego Pago
Todo esse patrocinado chega nas redes, realizado por uma Gestão de Tráfego Pago que dá resultados reais para a empresa que coloca como estratégia de venda e também no marketing.
Mais sobre Brasil
RegiãoRegião18/12/2025Subdelegacia de Polícia de Santo Antônio do rio verde realiza operação policial contra o tráfico de drogas.
Polícia civil cumpre 06 mandados de busca e apreensão domiciliar no distrito de Santo Antônio do Rio Verde.Postado em 18/12/2025
RegiãoRegião18/12/2025Delegacia de Polícia de Goiandira realiza operação policial contra o tráfico de drogas
Polícia Civil cumpre 04 mandados de busca e apreensão domiciliar na cidade de Goiandira/GO.Postado em 18/12/2025
GoiasGoias18/12/2025Pesquisa do Procon Goiás aponta variação de até 226% nos preços de presentes de Natal
Levantamento foi realizado em Goiânia e Anápolis. Maior diferença ocorreu no livro ‘Pais Brilhantes’ vendido entre R$ 19,90 a R$ 64,90 na capitalPostado em 18/12/2025
CatalãoCatalão18/12/2025Prefeitura de Catalão convoca aprovados no concurso da Educação.
A iniciativa representa um avanço concreto na estruturação das escolas e no atendimento às necessidades pedagógicas, administrativas e de apoio aos estudantes.Postado em 18/12/2025
CatalãoCatalão18/12/2025Comunidade de Coqueiros celebra entrega da igreja totalmente reformada com apoio da CMOC
Obra iniciada em setembro e apoiada pela CMOC é inaugurada com autoridades, missa festiva e programação cultural.Postado em 18/12/2025





