Parceria entre CMOC e ONG Vida Mulher Viva transforma uniformes operacionais em cobertores

Iniciativa sustentável promove capacitação para mulheres e gera ação solidária para famílias vulneráveis.

Postado em 06/09/2024
Parceria entre CMOC e ONG Vida Mulher Viva transforma uniformes operacionais em cobertores
Reprodução CMOC Catalão
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Por Gabrielle AndradeUx Writer | Jornalista

Uma parceria entre a mineradora CMOC Brasil e a ONG Vida Mulher Viva conseguiu unir solidariedade com desenvolvimento social e sustentabilidade ambiental, a partir da transformação de uniformes inutilizados pela empresa em cobertores confeccionados para doação a pessoas em situação de vulnerabilidade. A ação, além de possibilitar que pessoas carentes possam se aquecer em dias frios, é uma forma de incentivar a capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade social.

A Vida Mulher Viva é uma instituição que atende mulheres vítimas de violência doméstica, desempregadas e em outras situações de risco, oferecendo doações, serviços de acolhimento, assistência social, psicológica e jurídica, além de cursos de capacitação para prepará-las para o mercado de trabalho. Um deles, o de corte e costura, foi o ponto de conexão com a mineradora, que deu novo destino a uniformes que seriam descartados, permitindo a confecção dos cobertores.

O trabalho realizado pela Vida Mulher Viva é fundamental para o enfrentamento à violência doméstica contra mulheres. Segundo dados da Rede de Observatórios da Segurança, no Brasil, cerca de oito mulheres são vítimas de violência doméstica a cada 24 horas. O Estado de Goiás reflete essa realidade, posicionando-se como o sétimo Estado brasileiro com maior número de feminicídios no primeiro semestre de 2023, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A doação da CMOC é, também, uma forma criativa de enfrentar outra questão desafiadora: o descarte de tecidos. Menos de 1% das roupas usadas no planeta são transformadas em novos produtos e a maioria dos resíduos têxteis vão parar em aterros sanitários, onde a degradação pode contaminar o solo, como aponta o artigo “Uma nova economia têxtil: Redesenhando o futuro da moda”, da Ellen MacArthur Foundation. Tecidos como poliéster, por exemplo, podem demorar até 200 anos para se decompor.

“Para além da contribuição com as demandas sociais, a doação da CMOC demonstra a dedicação da empresa em buscar soluções cada vez mais sustentáveis ambientalmente, em todas as etapas de seus negócios, reduzindo a necessidade de mais matéria-prima, bem como a geração de resíduos”, complementa Flávia Adorno, Gerente de ESG da CMOC Brasil.

“Essa parceria é extremamente gratificante, tanto para as alunas do curso de costura quanto para a população que receberá o produto finalizado. Ver um item que seria descartado se transformar em peças para doação é algo muito significativo para nós, que trabalhamos com iniciativas sociais. Realizamos esse trabalho há anos, contando com o apoio de grandes empresas como a CMOC, e esperamos que essa parceria continue. Ainda temos um longo caminho a percorrer”, finaliza Camila Paiva, Presidente da ONG.

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