Projeto Raízes combate racismo estrutural e nutre inclusão nas escolas

Iniciativa educacional da Una Catalão promove reflexão sobre racismo estrutural, valoriza a diversidade e fortalece laços comunitários em escolas da cidade

Postado em 17/12/2024
Projeto Raízes combate racismo estrutural e nutre inclusão nas escolas
Imagem: Assessoria de Imprensa
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Por Luciana VenturaJornalista

Com o objetivo de combater o racismo estrutural e fomentar uma educação inclusiva, o projeto de extensão “Raízes”, desenvolvido pela Una Catalão, vem transformando a experiência escolar de alunos do ensino fundamental em três instituições públicas e privadas da região.

A iniciativa, coordenada por estudantes universitários sob a supervisão da professora de Psicologia Thaís Ferreira dos Santos, busca promover reflexões críticas sobre a igualdade racial, incentivando atitudes de respeito, empatia e valorização da diversidade. 

“É essencial que projetos como este atuem desde cedo para sensibilizar os jovens sobre a importância de reconhecer e combater o racismo em todas as suas formas. Nosso objetivo é impactar tanto os alunos quanto a comunidade escolar, criando um ambiente mais acolhedor e democrático,” explica a idealizadora da iniciativa.  

O projeto teve como ponto de partida a leitura do livro “O menino de pele azul”, de Thais Evangelista e Frederico Brito, seguida de rodas de conversa onde os alunos discutiram o impacto do racismo em suas vidas.

As discussões pós-leitura foram o que mais marcaram Thaís: “algumas crianças confessaram que, em certas ocasiões, brincadeiras relacionadas ao cabelo ou à cor da pele de um colega acabaram deixando o amigo triste, demonstrando uma sensibilidade crescente ao impacto de suas ações”.

Elas também citaram exemplos como o do jogador Vinícius Jr., que enfrenta racismo no futebol, conectando a temática à realidade.

A prática culminou com a produção de autorretratos e desenhos de amigos, atividades que incentivaram o reconhecimento das diversidades presentes em sala de aula. 

Com a participação de 105 alunos do ensino fundamental, além dos 17 universitários da Una envolvidos, o projeto monstrou resultados significativos: além de aumentar a conscientização sobre questões raciais, promoveu maior engajamento dos alunos em ações comunitárias voltadas para a equidade racial.

“Ao trabalharem questões como empatia e pertencimento, os alunos passaram a refletir sobre seu papel na construção de uma sociedade mais justa,” destaca Thaís Ferreira. 

O “Raízes” também trouxe benefícios para a autoestima de alunos negros, que passaram a valorizar mais suas histórias e identidades culturais.

“Ver a importância de suas raízes reconhecidas dentro do ambiente escolar fortalece o sentimento de pertencimento e aumenta a confiança dos alunos”, afirma a professora.  

O sucesso do “Raízes” reforça a importância de iniciativas educacionais no combate ao racismo estrutural e na promoção de uma cultura antirracista.

A professora Thaís Ferreira destaca que a continuidade do projeto é essencial: “Queremos ampliar nosso alcance, impactando mais escolas e envolvendo um número ainda maior de alunos e professores, para que juntos possamos construir uma sociedade mais inclusiva e igualitária.” 

O projeto demonstra como a educação pode ser um instrumento poderoso para enfrentar as desigualdades, transformando as próximas gerações em agentes de mudança. 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa 

 

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