Desemprego no Brasil sobe para 7% no 1 trimestre de 2025

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 7% nos três primeiros meses de 2025, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Apesar do crescimento, o índice atual é o menor já registrado para um primeiro trimestre desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. A alta no desemprego neste período do ano é considerada comum, já que há maior procura por emprego após o fim dos contratos temporários de fim de ano.

Segundo analistas, o resultado já era esperado e está alinhado com as projeções do mercado financeiro, que previam exatamente essa taxa de 7%, de acordo com a agência Bloomberg.

Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, ressaltou que o aumento sazonal não anula os avanços recentes do mercado de trabalho. “Mesmo com a alta trimestral, a taxa de desocupação continua mais baixa do que a de qualquer primeiro trimestre dos anos anteriores”, afirmou.

De acordo com a metodologia da Pnad, uma pessoa é considerada desocupada quando tem 14 anos ou mais, não está trabalhando e continua à procura de emprego. A pesquisa abrange tanto empregos formais — com carteira assinada ou CNPJ — quanto atividades informais, como os chamados "bicos".

Nos últimos trimestres, o mercado de trabalho brasileiro manteve um desempenho robusto, especialmente com a recuperação do emprego formal, o que favorece o consumo das famílias e impulsiona o Produto Interno Bruto (PIB).

Entretanto, para conter a inflação, o Banco Central vem elevando a taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá na próxima semana e o mercado espera que a taxa básica de juros chegue a 15% até o final de 2025.

 

O IBGE já havia registrado um desemprego de 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, mas ressalta que comparações entre trimestres móveis com meses repetidos — como fevereiro e março — não são recomendadas.