Polícia conclui que incêndio em loja de Catalão foi criminoso e comandado pelo filho do proprietário

Investigação aponta que incêndio foi causado intencionalmente para obtenção de seguro de R$ 2 milhões

Postado em 30/03/2025
Polícia conclui que incêndio em loja de Catalão foi criminoso e comandado pelo filho do proprietário
Foto: Corpo de Bombeiros de Catalão
Avatar
Por Portal Catalão

A Polícia Civil finalizou a investigação sobre o incêndio que destruiu uma loja de tecidos em Catalão, ocorrido em fevereiro deste ano. De acordo com as apurações, Jader Bruno Braga Oliveira, filho do proprietário do estabelecimento, teria planejado o crime com o objetivo de receber uma indenização de R$ 2 milhões do seguro. Além dele, outras três pessoas foram indiciadas pela participação no caso.

Entre os envolvidos estão Acácio Moisés Fernandes Neto, Geovane Pinheiro Araújo e Matheus Leandro Fernandes, apontado como intermediário do crime. Desses, apenas Matheus segue preso. Segundo a investigação, ele teria recebido R$ 20 mil para organizar o ato criminoso, sendo que R$ 2,5 mil desse valor seriam repassados a Acácio e Geovane.

A prisão de Matheus ocorreu após a polícia rastrear um celular utilizado na loja. A partir dessa pista, os agentes chegaram até os demais suspeitos. Imagens de câmeras de segurança registraram dois indivíduos chegando de moto ao local pouco antes do incêndio ser iniciado.

Acusados passaram por audiência de custódia

O delegado responsável pelo caso, Pedro Manoel Democh, informou que Jader Bruno teria contratado Matheus Leandro, Acácio e Geovane para incendiar a loja durante a madrugada do dia 24 de fevereiro. Todos os envolvidos foram indiciados por crimes como associação criminosa, incêndio e fraude para recebimento de indenização de seguro.

No dia seguinte ao crime, 25 de fevereiro, os quatro suspeitos passaram por audiência de custódia. O juiz Breno Gustavo Gonçalves dos Santos determinou a aplicação de fiança e medidas cautelares. Para serem liberados, Jader Bruno, Matheus Leandro e Acácio Moisés precisaram pagar o equivalente a dois salários mínimos. Já Geovane Pinheiro pagou apenas um salário mínimo, devido à sua condição financeira.

Relembre o caso

Durante a madrugada do dia 24 de fevereiro, um incêndio criminoso consumiu completamente uma loja de tecidos localizada na Avenida Dr. Lamartine Pinto de Avelar, em Catalão. Pouco depois do ocorrido, a Polícia Militar deu início às investigações e prendeu quatro suspeitos, incluindo o proprietário do estabelecimento, apontado como mandante do crime.

As apurações revelaram que o próprio dono, um homem de 25 anos, teria encomendado o incêndio e oferecido R$ 20 mil aos executores para que realizassem a ação. O objetivo seria acionar o seguro do local, avaliado em aproximadamente R$ 2 milhões.