Orçamento das universidades federais no governo Lula é menor do que nos governos Temer e Bolsonaro

Universidades federais têm orçamento de custeio ainda abaixo dos níveis pré-pandemia, mesmo com promessas de recomposição

Postado em 31/05/2025
Orçamento das universidades federais no governo Lula é menor do que nos governos Temer e Bolsonaro
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Por Portal Catalão

Apesar das promessas do governo Lula (PT) de recuperar o financiamento da educação superior, os orçamentos discricionários das universidades federais continuam abaixo dos patamares registrados entre 2016 e 2019, período que abrange o fim da gestão Dilma Rousseff (PT), o governo de Michel Temer (MDB) e o início da administração de Jair Bolsonaro (PL), antes da pandemia de Covid-19.

Esses recursos discricionários são fundamentais para o funcionamento diário das instituições, cobrindo despesas como água, luz, internet, limpeza, segurança, manutenção predial e compra de materiais. Eles também englobam benefícios pagos aos servidores, como auxílio-alimentação e transporte.

Levantamento do centro de estudos SoU_Ciência mostra que, embora os valores totais liquidados pelas universidades tenham aumentado em 2023 e 2024 — incluindo os gastos com benefícios —, o montante destinado exclusivamente à manutenção das instituições permanece em nível inferior ao de anos anteriores. Quando desconsiderados os auxílios aos servidores, o orçamento disponível para manter as universidades operando é menor do que o registrado nos anos de 2016 a 2019, com todos os valores ajustados pela inflação.

Em 2016, por exemplo, as universidades federais liquidaram R$ 6,7 bilhões em verbas discricionárias, valor que ainda não foi alcançado na atual gestão, mesmo com o cenário pós-pandemia e o retorno pleno das atividades presenciais.

Procurado, o Ministério da Educação (MEC) reconheceu os desafios e afirmou que está empenhado em recompor gradualmente o orçamento das universidades, que, segundo a pasta, foi “drasticamente reduzido entre 2016 e 2022”.

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