Indústria em Goiás cresce enquanto produção nacional permanece estagnada

Goiás impulsiona crescimento industrial, enquanto o Brasil permanece estagnado, destacando-se na geração de empregos e investimentos no setor produtivo.

Postado em 19/03/2025
Indústria em Goiás cresce enquanto produção nacional permanece estagnada
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Por Portal Catalão

Enquanto o setor industrial brasileiro não apresentou crescimento em janeiro, a produção em Goiás avançou 0,4% em comparação a dezembro de 2024, considerando o ajuste sazonal. Já na comparação com janeiro do ano passado, o crescimento foi de 0,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, o estado manteve uma trajetória positiva, registrando um aumento de 1,8%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta terça-feira (18/3).

Destaque entre os estados brasileiros

Goiás esteve entre os oito estados com os maiores avanços na produção industrial no primeiro mês do ano, contrastando com a estagnação do cenário nacional, que apresentou variação nula (0,0%). Esse desempenho positivo impactou diretamente a geração de empregos e renda na região. "A indústria segue como um pilar essencial para a economia goiana, gerando empregos e oportunidades. Esse crescimento acima da média nacional reflete o potencial do estado", destacou o secretário da Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho.

Setores em crescimento

O avanço da produção foi puxado por oito das treze atividades industriais analisadas, com destaque para a fabricação de máquinas e equipamentos, que cresceu 77,2%, e a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 58%. Esse resultado está diretamente ligado às operações de montadoras como Mitsubishi Motors, Suzuki Motors e John Deere, em Catalão, além da Hyundai Caoa e Caoa Chery, em Anápolis. O governo estadual também tem incentivado o setor por meio do programa Pró-Goiás.

Produtos em destaque

A indústria farmacêutica e química também registrou crescimento, com aumentos de 17,7% e 7,5%, respectivamente. Entre os produtos que mais contribuíram para a expansão da produção no mês de janeiro estão automóveis a gasolina, álcool ou bicombustível, veículos de carga a diesel, chassis com motor, fertilizantes NPK, preparações capilares e superfosfatos.

O desempenho positivo reflete a força do setor industrial goiano e sua importância para a economia local, demonstrando a resiliência e competitividade do estado no cenário nacional.

No acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial avançou 2,9%, com taxas positivas em dezesseis dos 18 locais pesquisados.

Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais - Janeiro de 2025
Locais  Variação (%)
Janeiro 2025/
Dezembro 2024*
Janeiro 2025/
Janeiro 2024
Acumulado
Janeiro-Janeiro
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas -0,6 -1,4 -1,4 2,6
Pará -3,9 0,9 0,9 5,4
Região Nordeste -4,0 -3,0 -3,0 2,1
Maranhão - -11,4 -11,4 1,3
Ceará 7,9 0,1 0,1 6,5
Rio Grande do Norte - -15,4 -15,4 3,4
Pernambuco -22,3 -15,6 -15,6 3,2
Bahia 2,0 4,3 4,3 2,4
Minas Gerais 0,8 -0,4 -0,4 2,0
Espírito Santo -2,6 -8,8 -8,8 -2,5
Rio de Janeiro 2,3 -2,6 -2,6 -0,6
São Paulo 2,4 0,5 0,5 2,8
Paraná 0,7 0,7 0,7 3,9
Santa Catarina 1,1 8,6 8,6 7,7
Rio Grande do Sul -0,3 8,1 8,1 1,6
Mato Grosso do Sul - -9,6 -9,6 2,7
Mato Grosso -2,8 0,9 0,9 4,8
Goiás 0,4 0,2 0,2 1,8
Brasil 0,0 1,4 1,4 2,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
* Série com Ajuste Sazonal

Na variação nula (0,0%) da produção industrial na passagem de dezembro para janeiro, na série com ajuste sazonal, oito dos quinze locais pesquisados apontando taxas positivas. Nesse mês, Ceará (7,9%) apontou a expansão mais acentuada e eliminou parte da perda de 9,5% acumulada nos dois últimos meses de 2024. São Paulo (2,4%), Rio de Janeiro (2,3%), Bahia (2,0%), Santa Catarina (1,1%), Minas Gerais (0,8%), Paraná (0,7%) e Goiás (0,4%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em janeiro de 2025.

Por outro lado, Pernambuco (-22,3%) mostrou queda de dois dígitos e a taxa negativa mais elevada nesse mês, após registrar avanços na produção nos meses de dezembro (3,7%) e de novembro de 2024 (1,9%). Região Nordeste (-4,0%), Pará (-3,9%), Mato Grosso (-2,8%), Espírito Santo (-2,6%), Amazonas (-0,6%) e Rio Grande do Sul (-0,3%) também assinalaram resultados negativos em janeiro de 2025.