Caiado lança linha de crédito e grupo de trabalho para proteger economia de Goiás diante das tarifas impostas pelos EUA

A nova tarifa de 50% sobre vários produtos brasileiros — como soja, carne e derivados de aço — entrará em vigor a partir de 1.º de agosto.

Postado em 21/07/2025
Caiado lança linha de crédito e grupo de trabalho para proteger economia de Goiás diante das tarifas impostas pelos EUA
Avatar
Por Portal Catalão

 

Diante do agravamento da crise diplomática e comercial entre Brasil e Estados Unidos, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou neste sábado (12) um conjunto de medidas para minimizar os impactos das tarifas norte-americanas sobre a economia estadual. Em vídeo publicado nas redes sociais, Caiado classificou o cenário como “grave” e afirmou não poder esperar por uma reação do governo federal, que, segundo ele, “não demonstra nenhuma ação concreta”.

“Os últimos acontecimentos envolvendo Brasil e Estados Unidos revelam um sério agravamento da crise, com efeitos diretos sobre trabalhadores e empresas. As soluções para os nossos desafios não virão de fora. É hora de reagirmos com firmeza e responsabilidade”, disse o governador, durante uma missão oficial no Japão.

Como resposta imediata, Caiado anunciou a criação de uma linha de crédito com juros inferiores aos praticados no mercado, voltada para empresas goianas que possam ser afetadas pelo chamado “tarifaço” imposto pelos EUA. Com a sobretaxa de 50% sobre produtos como soja, carne e aço, Goiás — um dos maiores exportadores do setor agroindustrial — é considerado um dos estados mais vulneráveis às medidas.

O governador também comunicou a formação de um grupo de trabalho composto por representantes do governo estadual e do setor privado. A função será estudar novas ações para proteger a economia local, garantir empregos e evitar o fechamento de empresas.

“O nosso objetivo é não permitir que nenhum trabalhador seja demitido ou que qualquer empresa feche suas portas por causa dessas medidas dos Estados Unidos”, afirmou.

Caiado ainda destacou a necessidade de olhar para os efeitos sociais da crise: “É hora de pensar nas pessoas, cuidar das famílias e preservar empregos.”

 

Posicionamento político
Embora não tenha feito críticas diretas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Caiado sinalizou que discutirá o aspecto político da crise após seu retorno ao Brasil. “Sobre a crise política, sigo a orientação de Carlos Lacerda de que não se comenta estando fora do país. Na terça-feira, ao voltar do Japão, me posicionarei”, disse.

Mais sobre Política