Consumo de energia bate novo recorde em Goiás
Para o executivo de faturamento da Equatorial Goiás, Marcos Aurélio Silva, a combinação de chuva e calor tem um grande impacto no uso de energia elétrica, principalmente devido à maior demanda por aparelhos de climatização.
Postado em 11/11/2024Reprodução A RedaçãoApesar do período chuvoso em outubro, Goiás registrou temperaturas elevadas em todo o Estado, com máximas que chegaram a 40ºC. O calor intenso, combinado com as chuvas, levou a mais um recorde no consumo de energia, que teve um aumento de quase 16% para o cliente residencial, com relação ao mês de setembro, de acordo com levantamento da Equatorial Goiás. Comparado ao mesmo período de 2023, o crescimento foi de 14%.
Para o executivo de faturamento da Equatorial Goiás, Marcos Aurélio Silva, a combinação de chuva e calor tem um grande impacto no uso de energia elétrica, principalmente devido à maior demanda por aparelhos de climatização. "O ar-condicionado, por exemplo, é um dos aparelhos mais sensíveis às variações climáticas. Quando as temperaturas externas estão muito altas, o aparelho precisa trabalhar mais intensamente para resfriar o ambiente. E, com a umidade causada pelas chuvas, ele não apenas refrigera o ar, mas também precisa remover a umidade, o que aumenta consideravelmente o seu gasto de energia", explica o executivo.
Entenda como a fatura de energia é calculada
Se você deseja ter um maior controle sobre o consumo de energia elétrica e entender melhor a composição da sua conta de luz, o primeiro passo é compreender como a tarifa é calculada e quais impostos incidem sobre o valor final. No caso da Equatorial Goiás, por exemplo, é importante saber que a distribuidora é responsável apenas por uma parte do valor pago pelo consumidor. O restante da conta envolve custos relacionados à geração, transmissão e, claro, à distribuição da energia.
A conta de energia é composta por diferentes elementos: custos de geração, transmissão e distribuição, além de encargos setoriais que financiam as políticas energéticas do setor elétrico, conforme estabelecido por lei. Também são cobrados tributos como PIS/COFINS, ICMS e a CIP (Contribuição de Iluminação Pública), que podem variar conforme o município em que o cliente reside.
O cálculo do consumo de energia de um cliente é feito a partir da leitura do medidor de energia, com a diferença entre a leitura atual e a do mês anterior, dentro de um intervalo de 27 a 33 dias. O valor do consumo é dado em kWh (kilowatt-hora). Já o valor da tarifa cobrada é estabelecido pela Aneel para cada classe de consumidores. Para os clientes residenciais da Equatorial Goiás, em outubro de 2024, o valor da tarifa é de R$ 0,74593 por kWh, sem contar os impostos.
Por exemplo, se um cliente consumir 200 kWh em um mês, o cálculo do valor a ser pago sem impostos seria: 200 kWh x R$ 0,74593/kWh = R$ 149,19.
Além disso, é fundamental ficar atento às bandeiras tarifárias, um sistema adotado pela Aneel para ajustar o valor da energia com base nas condições de geração no país. Em outubro de 2024, a bandeira tarifária foi a vermelha, o que significou um acréscimo de R$ 7,87 para cada 100 kWh consumidos.
Bandeira Tarifária
Até o fim do mês de outubro, a bandeira tarifária definida pela Aneel era a vermelha, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, em função das chuvas abaixo da média, com impacto direto nos reservatórios das hidrelétricas do país. Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, fez com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais.
Para novembro deste ano a Aneel anunciou a bandeira será amarela. A troca foi possível em razão do aumento do volume de chuvas registrado em outubro. Com isso, o valor extra cobrado para cada 100 kwh consumidos passa de R$ 7,877 para R$ 1,885. As concessionárias de energia somente seguem o que determina o Governo Federal e não tem influência sobre as medidas adotadas.
Economia de energia
Com uma mudança no uso do chuveiro, todos os dias, por exemplo, é possível perceber uma redução na fatura. Se somada à mais alternativas para um consumo consciente, a economia pode ser ainda maior. Porém, como fazer isso na prática de maneira simples e eficaz? Ao desligar aparelhos quando não estão sendo utilizados, fazer uso dos eletrodomésticos eficientes e aproveitar ao máximo a luz natural, os consumidores contribuem para a estabilidade e eficiência da rede elétrica.
De acordo o executivo de Faturamento da Equatorial Goiás, Marcos Aurélio Silva, para evitar o desperdício de energia elétrica, algumas dicas fazem diferença no final do mês. “Em épocas quentes, temos um aumento nos banhos e o uso do chuveiro elétrico, equipamento que mais consome energia, devido à sua alta potência. A dica é reduzir o tempo de banho e colocar o seletor de temperatura na posição ‘verão’, o que reduz a potência do chuveiro e proporciona uma redução no consumo ao final do mês”, destaca o executivo.
Uma forma de economizar ainda mais é reduzindo o tempo no chuveiro. Por exemplo, dois banhos diários de quinze minutos em potência máxima (inverno) consomem em média R$ 66,90 por pessoa ao mês. Reduzindo a temperatura para o modo verão e ajustando o tempo debaixo do chuveiro para sete minutos, o custo cai para R$ 15,60 por pessoa. Em uma casa com quatro pessoas, isso pode resultar em uma economia total aproximada de R$ 205,00 no mês.
Tenha cuidado com o uso do ar-condicionado. Um ar-condicionado do tipo split, com potência entre 10.001 e 15.000 BTUs, gasta aproximadamente R$ 196,38 ao mês, operando 8 horas diárias e em condições normais de temperatura. Nos períodos de calor extremo esse consumo pode facilmente dobrar, por isso o seu uso requer atenção. Uma alternativa mais econômica é o ventilador de teto, que gasta cerca de R$ 17,76 mensais pelas mesmas 8 horas de uso, um custo 11 vezes menor do que do ar-condicionado.
informações A Redação
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