Hecad se prepara para realizar nova cirurgia de separação de gêmeas siamesas

As irmãs, que serão operadas pelo cirurgião-pediátrico Zacharias Calil estão em tratamento para a expansão da pele

Postado em 05/02/2025
Hecad se prepara para realizar nova cirurgia de separação de gêmeas siamesas
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Por Síbylle MachadoComercial

O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia, se prepara para realizar mais um procedimento de separação de gêmeas siamesas. Kiraz e Aruna, que têm 1 ano e 2 meses e nasceram no interior de São Paulo, estão na fase final de preparação para a cirurgia. As irmãs, que serão operadas pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil, estão em tratamento para a expansão da pele. O cirurgião-pediátrico Zacharias Calil, que já atendeu 43 casos de mulheres siamesas e participou de 22 cirurgias de separação, explicou que a fase de preparação para a cirurgia começa logo após o nascimento das crianças. “A preparação pode durar cerca de um ano, dependendo da condição das crianças.”

O médico detalhou que, no caso de Kiraz e Aruna, as irmãs não precisam ficar internadas durante a preparação para a cirurgia de separação. As meninas vêm ao hospital duas vezes por semana para acompanhamento. O procedimento será realizado após a expansão da pele necessária para cobrir as áreas unidas, como o abdômen e a bacia, e está prevista para os próximos 40 dias.

“Vai depender dos expansores, se conseguirmos obter pele suficiente para fechar o abdômen e a bacia no momento da separação”, afirmou Calil. O último procedimento de separação de gêmeos siameses realizado no Hecad ocorreu em 2023. As irmãs Heloá e Valentina Prado estavam unidas por parte do abdômen, bacia, fígado, genitálias, intestinos delgado e grosso. O hospital realiza esse tipo de operação desde o ano 2000.

Primeiro caso

Larissa e Lorrayne Gonçalves marcaram a história da medicina no Centro-Oeste. A cirurgia de separação das gêmeas siamesas foi a primeira realizada no estado de Goiás.

O procedimento foi conduzido pelo médico Zacharias Calil, no Hospital Materno Infantil de Goiânia. Na época, as gêmeas estavam unidas pelo abdômen e pela pelve, compartilhando vários órgãos como rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus.

Larissa e Lorrayne Gonçalves nasceram em setembro de 1999 e, com apenas 10 meses de vida, passaram pela complexa cirurgia de separação em julho de 2000, um marco na medicina local.

Fonte: Luanna Marques, Mais Goiás

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